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minha tentativa de vida em Fortaleza
quinta-feira, março 10, 2005
Oii
Vocês estão todos convidados para a inauguração da escola de Pa-kua minha e do meu pai a ser realizada agora sábado, dia 12 de março às 19h.
Teremos a presença de grandes mestres e um coquetel apra recebê-los. Aguardo vocês por lá!
Escola de Pa-kua
Rua Tancredo de Souza Carvalho, 415 - Água Fria
3459-2218/ 9161-4843
Mil beijos Juliana

* Para quem não sabe, Pa-Kua é um conhecimento milenar que sempre foi ensinado de forma tradicional, sendo transmitido de geração a geração dentro do núcleo familiar. Atualmente é ensinado com sistema de níveis organizados por faixas de graduações. O conhecimento está baseado em um antigo PADRÃO PA-KUA, no qual suas formas divide-se na essência de Arte Marcial, Defesa Pessoal, Armas Antigas, e as artes de cura como Medicina Tradicional Chinesa, Reflexologia, Vias de Energia, Ch`ien-Chi-Kua, entre outras.
A Arte Marcial Pa-Kua é um completo sistema onde você pode aprender a defender-se de qualquer situação de risco de forma inteligente, incluindo ataque de duas ou mais pessoas ao mesmo tempo, como também desarmar um oponente, desenvolvendo dessa forma um alto nível técnico marcial com simplicidade e exatidão. Estas técnicas são desenvolvidas a partir do estudo do Padrão de Pa-Kua.
Vocês estão todos convidados para a inauguração da escola de Pa-kua minha e do meu pai a ser realizada agora sábado, dia 12 de março às 19h.
Teremos a presença de grandes mestres e um coquetel apra recebê-los. Aguardo vocês por lá!
Escola de Pa-kua
Rua Tancredo de Souza Carvalho, 415 - Água Fria
3459-2218/ 9161-4843
Mil beijos Juliana

* Para quem não sabe, Pa-Kua é um conhecimento milenar que sempre foi ensinado de forma tradicional, sendo transmitido de geração a geração dentro do núcleo familiar. Atualmente é ensinado com sistema de níveis organizados por faixas de graduações. O conhecimento está baseado em um antigo PADRÃO PA-KUA, no qual suas formas divide-se na essência de Arte Marcial, Defesa Pessoal, Armas Antigas, e as artes de cura como Medicina Tradicional Chinesa, Reflexologia, Vias de Energia, Ch`ien-Chi-Kua, entre outras.
A Arte Marcial Pa-Kua é um completo sistema onde você pode aprender a defender-se de qualquer situação de risco de forma inteligente, incluindo ataque de duas ou mais pessoas ao mesmo tempo, como também desarmar um oponente, desenvolvendo dessa forma um alto nível técnico marcial com simplicidade e exatidão. Estas técnicas são desenvolvidas a partir do estudo do Padrão de Pa-Kua.
quarta-feira, março 09, 2005
Quarta-feira, 09 de
Março
março de 2005 ARTHUR DAPIEVE
O azarão de Seattle09.03.2005 Do meio da multidão de camisas de flanela xadrez que se reuniu em Seattle, no final dos anos 80, despontavam cinco cabeças: Kurt Cobain, do Nirvana, o mais talentoso e carismático dos líderes de banda do chamado grunge – mistura em variadas dosagens de punk, heavy metal e pop – com sua versão sonora do claro-escuro, o silêncio-barulho; Layne Staley, do Alice in Chains, Eddie Vedder, do Pearl Jam; Chris Cornell, do Soundgarden; e Mark Lanegan, dos Screaming Trees. Quis o destino que a maior parte dos apostadores perdesse dinheiro tentando adivinhar qual dos cinco iria mais longe.
Em abril de 1994, Cobain deu um tiro na cabeça, humanamente incapaz de lidar com o megaestrelato planetário, conforme registrado num pungente bilhete de despedida. Em abril de 2002, Staley morreu de superdose de cocaína e heroína. Dos sobreviventes, o que parecia mais promissor, Vedder, após lançar um punhado de bons álbuns com o Pearl Jam, hoje parece ter esvaído toda sua criatividade craniando novas maneiras de tirar dinheiro dos fãs, em sucessivos discos ao vivo e antologias, com a desculpa do combate à pirataria. Cornell, depois que o digno Soundgarden se dissolveu admitindo que não tinha nada mais a dizer, juntou seu microfone a três quartos de Rage Against The Machine no Audioslave, grande banda – mas de apenas um lançamento por enquanto.
Sobra no páreo o azarão Mark Lanegan. Foi o único a enfrentar uma carreira solo enquanto os Screaming Trees estavam na ativa, apesar de posteriormente ter, como Cornell, tentado se aninhar noutra banda, no caso, bandas: Mad Season e Queens of the Stone Age. Desde 1990, Lanegan lançou cinco excelentes álbuns pelo seminal selo Sub Pop e, no ano passado, saiu seu primeiro CD pelo Beggar’s Banquet, “Bubblegum”, creditado a uma inexistente Mark Lanegan Band. É este o disco que agora sai no Brasil pela paulistana Sum Records e afinal apresenta Lanegan às prateleiras de lançamentos nacionais. Talvez o primeirão, “The winding sheet”, ainda seja o mais perturbador de todos, mas quinze anos de vida de solteiro não tiraram a contundência da Árvore Gritante-mor.O nome Mark Lanegan Band talvez traduza mais o desejo de fazer parte de uma banda do que sua existência concreta: não há uma formação clara em suas 15 faixas. Há, isto sim, um revezamento de músicos que inclui, entre muitos outros, Izzy Stradlin e Duff McKagan, do Guns N’Roses e do Velvet Revolver, e Josh Homme e Nick Olivieri, dos Queens of the Stone Age, além de PJ Harvey (na faixa “Hit the city”). Isso permite a Lanegan manter reto o seu caminho, pavimentado tanto no fascínio pelo lado selvagem da rua quanto no apreço pela música tradicional americana, sobretudo o blues – algo bem distante do power pop dos Screaming Trees, de sucessos relativos como “Nearly lost you” ou “More or less”.Hoje, aos 40 anos, Lanegan soa ou como o pai espiritual de Jack White, dos White Stripes, ou como um remix de Nick Cave, Tom Waits e Huddie Ledbetter, o Leadbelly. Do trovador negro dos anos 20 aos 40, aliás, ele gravou em “The winding sheet” a versão da cornuda “Where did you sleep last night?” que serviu de modelo para a que o Nirvana gravaria no seu “MTV Unplugged”, quatro anos depois. O plano inicial para o primeiro vôo solo de Lanegan já era, por sinal, um disco de blues dividido com Cobain, Chris Novoselic e Mark Pickerel (baterista dos Screaming Trees) . No mesmo “The winding sheet” há um belo poema sujo, “Juarez”, um minuto de dois ou três acordes circenses: “Despeça os garotos do crack/ E amarre meu braço/ Ajeite meu fraldão/ Ligue a TV/ Pague-me outro boquete/ Antes de eu tombar/ Diga que você sempre vai me amar e/ Nunca me fazer mal.”O tom “uma temporada no inferno” é mantido no CD “Bubblegum”, em faixas como “When your number isn’t up” (“Você não presta mais para isso aqui/ E onde estão seus amigos?/ Eles foram embora/ É um mundo diferente, eles lhe deixaram para isso/ Para faxineiro/ O vazio”), “Like Little Willie John” (“Quem vai lhe prantear/ Quando você se for?/ Uma vez, eu acreditei/ Que não sangraria”) ou “Morning glory wine” (“Na primeira vez, amor/ Foi eletrocussão/ Mas eu caí fora/ Cego com a injeção/ Morangos, acordado ou nu/ Aqui fora você está sozinho/ Essas ruas ficam muito frias, você deveria saber”). Lanegan conseguiu algo que todo mundo peleja e só uns poucos conseguem: criar um universo musical e poético próprio, de fugaz e, por isso, recompensadora beleza.
Março
março de 2005 ARTHUR DAPIEVE
O azarão de Seattle09.03.2005 Do meio da multidão de camisas de flanela xadrez que se reuniu em Seattle, no final dos anos 80, despontavam cinco cabeças: Kurt Cobain, do Nirvana, o mais talentoso e carismático dos líderes de banda do chamado grunge – mistura em variadas dosagens de punk, heavy metal e pop – com sua versão sonora do claro-escuro, o silêncio-barulho; Layne Staley, do Alice in Chains, Eddie Vedder, do Pearl Jam; Chris Cornell, do Soundgarden; e Mark Lanegan, dos Screaming Trees. Quis o destino que a maior parte dos apostadores perdesse dinheiro tentando adivinhar qual dos cinco iria mais longe.
Em abril de 1994, Cobain deu um tiro na cabeça, humanamente incapaz de lidar com o megaestrelato planetário, conforme registrado num pungente bilhete de despedida. Em abril de 2002, Staley morreu de superdose de cocaína e heroína. Dos sobreviventes, o que parecia mais promissor, Vedder, após lançar um punhado de bons álbuns com o Pearl Jam, hoje parece ter esvaído toda sua criatividade craniando novas maneiras de tirar dinheiro dos fãs, em sucessivos discos ao vivo e antologias, com a desculpa do combate à pirataria. Cornell, depois que o digno Soundgarden se dissolveu admitindo que não tinha nada mais a dizer, juntou seu microfone a três quartos de Rage Against The Machine no Audioslave, grande banda – mas de apenas um lançamento por enquanto.
Sobra no páreo o azarão Mark Lanegan. Foi o único a enfrentar uma carreira solo enquanto os Screaming Trees estavam na ativa, apesar de posteriormente ter, como Cornell, tentado se aninhar noutra banda, no caso, bandas: Mad Season e Queens of the Stone Age. Desde 1990, Lanegan lançou cinco excelentes álbuns pelo seminal selo Sub Pop e, no ano passado, saiu seu primeiro CD pelo Beggar’s Banquet, “Bubblegum”, creditado a uma inexistente Mark Lanegan Band. É este o disco que agora sai no Brasil pela paulistana Sum Records e afinal apresenta Lanegan às prateleiras de lançamentos nacionais. Talvez o primeirão, “The winding sheet”, ainda seja o mais perturbador de todos, mas quinze anos de vida de solteiro não tiraram a contundência da Árvore Gritante-mor.O nome Mark Lanegan Band talvez traduza mais o desejo de fazer parte de uma banda do que sua existência concreta: não há uma formação clara em suas 15 faixas. Há, isto sim, um revezamento de músicos que inclui, entre muitos outros, Izzy Stradlin e Duff McKagan, do Guns N’Roses e do Velvet Revolver, e Josh Homme e Nick Olivieri, dos Queens of the Stone Age, além de PJ Harvey (na faixa “Hit the city”). Isso permite a Lanegan manter reto o seu caminho, pavimentado tanto no fascínio pelo lado selvagem da rua quanto no apreço pela música tradicional americana, sobretudo o blues – algo bem distante do power pop dos Screaming Trees, de sucessos relativos como “Nearly lost you” ou “More or less”.Hoje, aos 40 anos, Lanegan soa ou como o pai espiritual de Jack White, dos White Stripes, ou como um remix de Nick Cave, Tom Waits e Huddie Ledbetter, o Leadbelly. Do trovador negro dos anos 20 aos 40, aliás, ele gravou em “The winding sheet” a versão da cornuda “Where did you sleep last night?” que serviu de modelo para a que o Nirvana gravaria no seu “MTV Unplugged”, quatro anos depois. O plano inicial para o primeiro vôo solo de Lanegan já era, por sinal, um disco de blues dividido com Cobain, Chris Novoselic e Mark Pickerel (baterista dos Screaming Trees) . No mesmo “The winding sheet” há um belo poema sujo, “Juarez”, um minuto de dois ou três acordes circenses: “Despeça os garotos do crack/ E amarre meu braço/ Ajeite meu fraldão/ Ligue a TV/ Pague-me outro boquete/ Antes de eu tombar/ Diga que você sempre vai me amar e/ Nunca me fazer mal.”O tom “uma temporada no inferno” é mantido no CD “Bubblegum”, em faixas como “When your number isn’t up” (“Você não presta mais para isso aqui/ E onde estão seus amigos?/ Eles foram embora/ É um mundo diferente, eles lhe deixaram para isso/ Para faxineiro/ O vazio”), “Like Little Willie John” (“Quem vai lhe prantear/ Quando você se for?/ Uma vez, eu acreditei/ Que não sangraria”) ou “Morning glory wine” (“Na primeira vez, amor/ Foi eletrocussão/ Mas eu caí fora/ Cego com a injeção/ Morangos, acordado ou nu/ Aqui fora você está sozinho/ Essas ruas ficam muito frias, você deveria saber”). Lanegan conseguiu algo que todo mundo peleja e só uns poucos conseguem: criar um universo musical e poético próprio, de fugaz e, por isso, recompensadora beleza.